terça-feira, 2 de outubro de 2007

Cristal da Bohémia



Radição e história
A tradição da produção de vidro e cristal na região que hoje é chamada de República Checa é conhecida desde o século I antes de Cristo. As primeiras empresas vidreiras com produção em grande escala datam do século IX depois de Cristo. Já na Idade Média, o vidro checo superou todos os países europeus, com sua manifestação artística e qualidade de manufactura. É com essa qualidade, reputação brilhante e extensa oferta de produtos que se trabalha até os dias de hoje.
Perto da cidade de Jablonec, existem muitas fábricas de bijuteria, cristal e vidro, o que é ainda melhor para visitas comerciais, pois quase todas ficam nesta região.




As investigações históricas mais completas com o vidro, no Egito, se devem ao famoso arqueólogo inglês Sir Flinders Petrie, quem descobriu o vidrado mais antigo que se tem notícia e que data de uns 12.000 AC.
O homem utiliza o vidro como utensílio de corte a mais de 10.000 anos. Os primeiros utensílios de vidro utilizados pelo homem são provenientes de material de erupções vulcânicas que se resfriou muito rapidamente, como por exemplo lava vulcânica solidificada sob o mar.
Alguns historiadores dizem que o primeiro vidro foi obtido de uma maneira puramente casual. Outros dizem que nasceu da derivação da metalurgia. A fabricação antiga do vidro está intimamente ligada com a fabricação de cerâmica que já existia no Egito. Na queima dos potes de barro havia a formação ocasional de glassuras devido à eventuais concentrações de calcário e de sódio na areia, ou ainda, devido à temperaturas muito elevadas.
Os primeiros vidros eram só da cor verde e azul, provocadas por algumas impurezas existentes nas matérias primas.

No século II AC. (561) em Sido, foi inventada a cana do vidreiro. Esta cana é uma ferramenta de aço refratário com 100 até 160 cm de comprimento e 14 a 18 mm de diâmetro com furo interno. Com esta cana o vidreiro retira do forno a quantidade suficiente de vidro, através da qual ele sopra peça por peça. Esta ferramenta é usada com eficiência até os nossos dias e ainda não foi inventada outra melhor.
No ano de 1291 decreta-se o traslado dos fornos para ilha de Murano. A divulgação da sua ciência era considerada como delito de traição a um segredo de Estado e eram castigados com pena de morte.
Foi editada uma lei que determinava que, caso algum vidreiro se estabelecesse em outro país e desatendesse o requerimento de reincorporar-se a Veneza, seus familiares seriam encarcerados e ele sentenciado à morte. Por esse regime tão severo, Veneza manteve seu monopólio vidreiro por mais de 2 séculos.
Em suas fábricas de vidro estavam empregadas mais de 8.000 pessoas. A maior conquista dos venezianos foi a fabricação do cristal com brilho, com transparência absoluta e irreproduzível na época. Areia pura e carbonato de potássio obtido da queima de algas marinhas eram requisitos básicos para se obter esta alta qualidade.

No ano de 1675 o químico inglês George Ravenscroft, iniciou a fabricação de vidro chumbo, que conhecemos como CRISTAL Pbo., superando a qualidade dos vidros venezianos.
O CRISTAL, por sua qualidade, brilho, sonoridade, enfim, pela sua beleza, eliminou ao acreditado vidro da BOHEMIA.
A magia dos cristais aliada a sua beleza que evoluiu ao passar dos milênios, nos trazem bons fluídos acompanhados de sua beleza e incontestável elegância sempre iluminada pelo brilho dos produtos artesanalmente produzidos.

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